Você já ouviu um crente referir-se a si próprio como sendo “ apenas um pecador salvo pela graça”?  Você já se referiu a si mesmo dessa maneira?
Se você vir-se a si mesmo como um pecador, você vai pecar; que é que se espera de um pecador?  Na melhor das hipóteses sua vida cristã será medíocre, havendo poucas diferenças ente você e um incrédulo, e você será afligido por sentimentos de derrota.  Satanás agarrará essa oportunidade, despejará em você o sentimento de culpa e o convencerá de que você está condenado a uma vida espiritual cheia de altos e baixos.  Considerando-se um crente derrotado, você pode até confessar seus pecados e se esforçar por viver melhor, mas internamente estará admitindo que não passa de um pecador salvo pela graça, que capengará até o dia do arrebatamento.
            É isso mesmo que você é?  De modo algum! A Bíblia  não se refere aos crentes como pecadores, nem mesmo como pecadores salvos pela graça.  Os crentes são chamados de santos – os santos –que ocasionalmente cometem pecados.  Nós nos tornamos santos no momento de nossa salvação (justificação) e vivemos como santos em nossa experiência diária (santificação), a medida que vamos crendo naquilo que Deus executou, e enquanto vamos afirmando o que da fato somos em Cristo.  Se você não conseguir ver-se a si mesmo como filho de Deus, lutará em vão para viver co o filho dele, e Satanás quase não terá trabalho para convencê-lo de que você não é diferente da pessoa que era antes de conhecer a Cristo, e que  você não tem valor perante Deus, nem perante outras pessoas.  Entretanto, se você se apropriar, mediante a fé, da transformação radical ocorrida no cerne de sua identidade, a transformação do pecador num santo, isso produzirá um efeito poderoso e positivo em sua resistência diária contra o pecado e contra Satanás.

(Extraído do livro: Quebrando Correntes  - cap. 3– Neil Anderson – Ed. Mundo Cristão)